8 de fev. de 2017

Táxi adaptado na minha vida!

Na foto Cristian segura a porta do táxi e mexe no controle,eu estou de costas na cadeira e olhando pra foto onde dou um berve sorriso.

Qual é a maior dificuldade de uma pessoa com deficiência ao ter que sair de casa e precisar de um táxi adaptado?
Na vida de quem não caminha é algo extremamente complicado, você chama um táxi que não é adaptado e diz que é cadeirante e que precisa de um carro grande para colocar a cadeira e no meu caso alguém que possa me ajudar, dai começa as dificuldades.
Você ouve que o carro tem gás, que não pode te pegar no colo e que não tem ninguém no ponto disponível e que a cadeira não cabe no porta malas, o que você faz, a não ser desistir e perder seus compromissos, assim é a vida de muitas pessoas que precisam se deslocar mesmo quando se esta pagando por isso.
Sempre que uso táxi já tenho um conhecido que não se importa de pegar no colo, guardar minha cadeira, mas já passei por cada uma nessa vida e lembro uma vez que estava mal com meses de gravidez fui as pressas para o hospital e no meio do caminho desci do ônibus para pegar um táxi e ir mais rápido, desci na rodoviária e fui para o ponto todos os táxis que perguntavam se teria como colocar a cadeira, ouvia não de todos e mal eu fiquei ali sem saber o que fazer quando de repente um rapaz encostou o táxi e disse eu te levo eles não querem te levar.
Essa foi uma das experiências tristes que já vivi mas não paramos por ai, em 2014 fui convidada para participar de reportagem sobre os táxis e as pessoas com deficiência, gravamos dois dias e levei a Kerolyn comigo, ela atacava o táxi e eu do nada aparecia e quando os taxistas me viam diziam ter gás no carro e assim foram 14 taxistas e entre estes alguns se quer paravam e só apontavam com o dedo, quase no fim da matéria atacamos e por nossa surpresa e da repórter o taxista parou numa boa, repórter perguntou para o senhor: O senhor vai levar ela? Sim porque não levaria.
O único que parou quando eu ataquei e me disse que me levaria depois de quase uma hora ali parada tentando fazer uso de um transporte.
No mês passado já com a informação que tanto esperava pude chamar um táxi e este não se negar a me embarcar, por que este sim era finalmente adaptado, Cristiano foi o primeiro a ter o táxi adaptado circulando por nossa capital.
Chamei ele no watts e em poucos minutos já estava no local, mesmo já conhecendo outros táxis adaptados que já fiz uso, naquele momento foi como se fosse minha primeira vez pois era diferente do táxi que já embarquei.
Cristiano olha para baixo observando a rarmpa do táxi que esta aberta no chão.

Ele desceu uma rampa que abre pra fora diferente dos que tem elevador e você sobe com a cadeira bem tranquilo e depois esta mesma rampa fica acoplada ao assoalho do táxi, sua cadeira vai toda amarrada e um cinto em você para ter total segurança, isso leva alguns minutos, a viagem foi bem bacana pois seu Cristiano é bem extrovertido o que torna a viagem legal, conversamos um monte e trocamos vivencias de vida e destas vivencias sua surpresa nas primeiras semana do táxi, ele quase não parava pra nada pois a demanda era muito grande.
Dai me pergunto, quantas pessoas ficaram trancadas dentro de casa sem ter um transporte como esse, porque tudo é tão burocrático em um país dominado pela corrupção política.
Mas uma coisa é bem ceta a luta das pessoas com deficiência que fez isso se tornar realidade.

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Saudações Feministas.

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